Presidente da APMT e gerente corporativo de Saúde Ocupacional fala em como agregar mais qualidade à Medicina do Trabalho
O médico Alexander Buarque vem conquistando espaços importantes no cenário prevencionista. Ele é o novo presidente da Associação Paulista de Medicina do Trabalho e possui objetivos ousados para a sua gestão: melhorar a qualificação dos exames médicos ocupacionais, utilizar as novas tecnologias para aprimorar a atuação dos profissionais, inclusive à distância, e levar o conhecimento para o interior do estado. Em outubro foi premiado como Melhor Gestor de HSE do Brasil, por ações na área de saúde mental na Abbott, onde é gerente corporativo de Saúde Ocupacional. Ele vê como extremamente importante a gestão dos fatores de riscos psicossociais, porém acha que as empresas têm focado excessivamente em métricas, em uso de ferramentas “quando poderiam simplesmente conversar com as pessoas para entender o que é que está acontecendo”. A mesma crítica foi feita recentemente pelo médico e psicanalista francês Christophe Dejours quando Buarque lhe entrevistou em uma live promovida pela APMT.
Alexander é graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná, especialista em Medicina do Trabalho, com MBA em Gestão Estratégica Empresarial pela FGV e em Ergonomia pelo CNAM (Conservatoire National des Arts et Métiers), da França. Também é professor convidado e orientador de estágios práticos nas especializações em Medicina do Trabalho da Faculdade de Medicina da USP, da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein e outras instituições.
Qual sua opinião sobre a nova exigência do governo que determina a gestão dos riscos psicossociais pelas empresas a partir de maio do ano que vem?
Quem está comprometido, quem está principalmente dentro do SESMT, já está acostumado a trabalhar com avaliação psicossocial, com ferramentas, principalmente quem conhece ergonomia, quem olha para a organização do trabalho, e consegue fazer as mudanças que de fato precisam ser feitas. Por exemplo, eu, desde 2020, já aplico as ferramentas para fazer mapeamento, para tentar identificar vários aspectos e fazer intervenções na prática envolvendo as questões da organização do trabalho. Então, para mim é algo que está enraizado no meu modo de trabalhar. A diferença é que agora há a necessidade das empresas realizarem a sua implantação, de forma muito mais explícita. Isso traz força para os profissionais de saúde, sejam médicos, ergonomistas ou mesmo para engenheiros de segurança. É normal haver resistência no mundo corporativo, há níveis diferentes, momentos diferentes de amadurecimento dentro das empresas. E isso faz com que demore um tempo mesmo para você fazer essa transformação. Quando veio a pandemia houve uma aceleração na transição de modelos mais físicos para modelos mais digitais, trazendo um mundo mais intenso. Todo esse cenário acaba sendo ansiogênico, tanto que o Brasil é um dos países mais ansiosos do mundo. Então olhar para estas questões tornou-se cada vez mais necessário. Há dois pontos importantes: o surgimento da lei como uma obrigatoriedade, e o outro é perceber que quando você fala em psicossocial, não fica só no nível operacional, atinge toda a esfera de uma organização, do topo até a base. O que eu quero dizer é que houve uma aceleração do amadurecimento em relação aos fatores psicossociais do trabalho. Vejo como um ponto positivo.
Há algum aspecto negativo desta nova exigência?
Do ponto de vista negativo, o risco é isto virar papel. Você pode acabar fazendo, como a gente viu na entrevista que fizemos com o Dejours, apenas um documento, um questionário, excessivamente objetivo. Às vezes, a subjetividade, que é conversar com as pessoas para entender o que é que está acontecendo com elas, traz muito mais conteúdo para que se consiga fazer a transformação no trabalho do que simplesmente aplicar um questionário. Outro aspecto de atenção ou crítico está ligado à empresa querer usar os resultados encontrados como uma imagem. Já vemos, inclusive, alguns cenários em que as empresas fazem este movimento da “empresa com felicidade”, criando cargos de alta de liderança ligados à saúde mental e felicidade. E às vezes isso é apenas uma resposta mais explícita para o mercado do que de fato uma transformação interna dentro do ambiente corporativo. Então, esses são os dois cenários que precisamos ter atenção para que possamos caminhar numa melhoria um pouco mais concreta. Vejo com bons olhos, mas há sempre um caminho arriscado de as empresas que não estão muito comprometidas, tentarem achar uma forma de resolver de modo mais simples, que é, na verdade, não resolver. A prorrogação foi muito importante para o amadurecimento, mas acho que as empresas estão muito focadas em métricas, em aplicar ferramentas, como se fosse o caminho único.
O que cabe ao médico do Trabalho neste desafio dos riscos psicossociais? Quais suas responsabilidades?
A avaliação dos riscos psicossociais não é uniprofissional, ela é multiprofissional, e ainda num nível superior, é uma responsabilidade da empresa. No nível organizacional do SESMT, ela também é uma responsabilidade compartilhada. Normalmente, a avaliação do risco dentro do PGR e GRO é do pessoal da segurança, e a parte médica é da equipe de saúde. Esta interface do psicossocial se conecta muito mais com a ergonomia, já que envolve a parte organizacional. Mas ao mesmo tempo, e não menos importante que a própria ergonomia em si, o psicossocial demanda uma conversa, uma avaliação de aspectos que exige sigilo. Não o anonimato porque se for anônimo, não consigo fazer a proposta do plano de ação. Mas no contexto preliminar o anonimato é aceitável, possibilita uma avaliação preliminar para saber se está bom ou ruim em determinados setores para tentar entender a situação no contexto das atividades. Pode acontecer do médico assumir todas as responsabilidades, mas pode ser que ele não seja envolvido em nenhum desses papeis. O que também é ruim porque se tem um lugar onde existe maior sigilo é dentro do consultório médico. Ali é o ambiente onde o trabalhador, às vezes, sente confiança para externar suas dores. Quando se construiu este elo, este vínculo se torna um local de fala. Neste caso, o médico tem a oportunidade de explorar os exames ocupacionais com muito mais conteúdo. Ou seja, se eu faço um exame ocupacional de cinco minutos, é claro que isso não vai servir para captar os insights importantes para a gente conseguir fazer transformação no trabalho. É dentro do consultório que a gente ouve muito da organização do trabalho, que a gente ouve aquelas coisas que não são visíveis. Posso até ir lá no posto de trabalho, que ainda assim, não vou conseguir enxergar de fato o que se passa com o trabalhador. Por isso o papel do médico é tão importante também na percepção e avaliação dos riscos psicossociais dos trabalhadores.
Você recebeu recentemente um prêmio de saúde mental corporativa em que foi eleito melhor gestor de HSE do Brasil. Fale sobre esta conquista.
Ser reconhecido por nossos esforços nos motiva, nos ajuda a fazer melhor no dia a dia, faz parte da construção de um propósito. É claro que quando a gente vê a melhoria das condições de trabalho das pessoas, a gente também se sente recompensado por todo esse esforço. Um prêmio em saúde mental no trabalho, com foco em gestão e pensando nos projetos e em tudo o que a gente vem fazendo, é muito positivo. E serve também para estimular outros profissionais para se desenvolverem, para fazer ações nesta área. Acho que um dos motivos que levou à nossa conquista está muito ligado à consistência, ou seja, a um trabalho sólido, que está sendo realizado há mais de cinco anos. Antes de começar a implementar a gente já tinha um diagnóstico, uma avaliação no contexto do trabalho do que a gente poderia melhorar desenvolvendo todo um processo até chegar na sua implantação. Foi um trabalho de mais de dois anos prévios, e mais cinco anos implantando, ou seja, um processo longo, mas bastante satisfatório. Tudo isso veio em conjunto com o amadurecimento da organização, que cresceu junto conosco, e aí você encontra os apoiadores, aquelas pessoas dentro da empresa que te ajudam a implantar o projeto. Mas, claro, tudo muito baseado em dados, não adianta a gente querer fazer ações que não têm evidência científica, que não se conectam com a sua realidade. É preciso ter dados, ter informação, ter parceiros internos e externos para que a gente possa conquistar nossos objetivos de transformação no ambiente de trabalho. Na verdade, não fui eu que conquistei o prêmio. A gente acaba fazendo um papel de liderança, mas a conquista é coletiva.
Qual sua percepção sobre a qualidade dos exames ocupacionais hoje?
A gente tem um cenário muito distinto. Um é o médico da própria empresa que atua dentro do SESMT e que quando sabe aproveitar, tem a oportunidade de construir um time, uma equipe com uma preocupação real com os trabalhadores. Neste caso, vemos um avanço significativo, tanto na dedicação de tempo para realizar os exames ocupacionais, com uma agenda mais adequada para atender as principais ocorrências clínicas, os retornos ao trabalho, um quadro acima do que pede a norma. Isso é o que faz funcionar um serviço dentro da empresa e com um olhar que vai além do exame ocupacional, vai também para a prevenção e promoção de saúde. Já no contexto de uma empresa terceirizada, de uma clínica, às vezes, o serviço nos obriga à contratação de serviços espalhados pelo Brasil inteiro ou para fora da empresa. Alguns com boa qualidade e outros com baixa qualidade. Ainda contribui para este cenário divergente de qualidade a facilidade de acesso à Medicina do Trabalho, principalmente para o médico recém-formado, que nem viu Medicina do Trabalho na faculdade, e que vai atender em clínicas que exigem o atendimento correndo, um atrás do outro, sem a dedicação adequada do exame. Eles não conseguem enxergar todas as consequências das decisões tomadas por eles. Eu mesmo com 20 anos de experiência na Medicina do Trabalho continuo tendo muita dificuldade para tomada de decisão em muitos casos. E aí dentro de uma clínica, está um médico que atende terceiros, distanciado do ambiente de trabalho dos seus pacientes, e às vezes até o médico da empresa, não consegue acessar o médico do Trabalho desta clínica. Não podemos generalizar, até porque há um número muito grande de clínicas de excelente qualidade, mas em sua maioria, quando o serviço é externo há um número de atendimentos por hora muito alto para o médico que está lá. Isso leva a uma concorrência desleal em relação às empresas que são boas. Leva à desqualificação e percepção de que o exame ocupacional deve ser isso mesmo, servindo somente para a emissão de ASO. Na minha visão, o ASO nem seria necessário no exame periódico. Ele deveria ser obrigatório, mas só dizer que está apto ou não, é muito pouco. O trabalhador não precisa disso, ele precisa de orientação, precisa de prescrição no sentido de se recomendar dieta, atividade física, cessação do tabagismo, rastreamento de doenças crônicas e de câncer, exames preventivos, direcionamento aos programas da empresa, psicoterapia. Esse é o objetivo do exame ocupacional para que a gente possa, de fato, ter um trabalhador saudável. Se a gente começar a adotar essa visão, aí sim, o exame ocupacional terá valor e conteúdo. Sempre falo que o objetivo principal de qualquer serviço de saúde é o desfecho, é melhorar a qualidade de vida, a saúde, cuidar da população, do envelhecimento saudável. E é claro, dentro da Saúde Ocupacional, só consigo certificar que alguém está bem, está apto, a partir do momento que eu sou prescritivo porque ninguém está 100% bem e ninguém está 100% mal. Precisamos desconstruir este algoritmo do 1 e 0, do apto e inapto, para poder avançar no cuidado da saúde. É um serviço que custa caro, mas ao mesmo tempo, é um investimento que vai contribuir para a redução de acidente, para melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores e consequentemente a produtividade.
O que precisa mudar na cabeça do médico do Trabalho e também na formação para conseguirmos ir além da cultura dos ASOs e do médico examinador?
Os novos médicos que estão fazendo suas especializações já vêm com esse olhar mais integral do trabalhador, mas a gente tem ainda uma cultura enraizada, e também porque o mercado formatou assim, e se construiu este modelo de ASO apto ou inapto, que é o mínimo exigido pela lei. Poucos têm um compromisso com a execução de um trabalho de qualidade. É claro que existe aí um problema justamente em relação à formação do médico em si, pois na maior parte dos currículos dos cursos de Medicina você nem encontra a Medicina do Trabalho. O outro problema é que a gente aceita o médico examinador. Conforme Resolução 2323/22 é vedado ao médico que presta assistência ao trabalhador “emitir ASO sem que esteja familiarizado com os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada trabalhador”. Mas não é o que acontece de fato. É muito complicado. Não pelo fato de o médico não ter a formação de médico do Trabalho. Fica complicado pelo fato de que muitos médicos acabam fazendo isso como bico para depois fazer sua especialidade. Tem o lado bom porque esses médicos acabam tendo um contato com a especialidade e conseguem entender um pouco melhor o lado do trabalhador, mas, às vezes, permanecem dentro de um contexto viciado, com uma visão muito superficial do que é a nossa especialidade.
Neste ano você assumiu a presidência da Associação Paulista de Medicina do Trabalho. Quais suas metas?
Entramos nesta gestão com três objetivos principais. O primeiro deles é justamente avançar nesse objetivo de entregar conteúdo para o exame ocupacional, trazer o exame ocupacional que faça sentido para o trabalhador, que seja percebido como valor. Então, tudo o que estamos falando nesta entrevista está muito focado nisso. Qual é o objetivo do Serviço de Saúde Ocupacional? O primeiro deles é entregar saúde, longevidade e desfechos positivos, e não apenas emitir um ASO para dizer se alguém está bem ou mal. O papel do médico vai muito além disso. Há quem diga que não, mas a IA está vendendo ASO, e isto é barato. O exame periódico, por exemplo, ou de retorno ao trabalho, cumpre um papel importante nesse processo. Mas, em algumas situações, não existe um simples “Apto” ou “Inapto”. O que o trabalhador realmente precisa, nesses casos, se está bem, é aconselhamento e prescrição preventiva no mínimo. Se não está, não é apenas um ASO de inaptidão, mas um encaminhamento bem elaborado à Previdência Social, capaz de subsidiar a Perícia Médica para o afastamento. Em outras situações, o adequado pode ser um atestado de um, dois ou três dias, conforme o caso clínico e o contexto de trabalho. É isso que eu defendo: que o exame ocupacional seja um verdadeiro ato clínico, com propósito e responsabilidade social, e não apenas um documento administrativo. O segundo ponto é inovar, e o que a gente quer da Medicina do Trabalho no futuro? O uso de tecnologias, avançar na Inteligência Artificial, temos que aprender a usar dispositivos para monitoramento do exame físico destes trabalhadores. Temos que usar também os recursos tecnológicos para fazer abordagens a distância, porque existe um novo mundo do trabalho, o posto de trabalho é em casa. E aí tenho que entrar na casa das pessoas para realizar esse exame, para fazer essa avaliação e verificar qual é o posto de trabalho dessas pessoas. Então, a gente precisa avançar em desenvolver um olhar integral. Quando eu falo isso, estou dizendo que conhecer o trabalho das pessoas vai além da fábrica, do hospital ou do escritório. o nosso objetivo é mostrar que a tecnologia está aí para nos ajudar nisto e existem grandes vantagens. Aproxima o trabalhador e não o contrário, e isso com um exame que tenha conteúdo, um exame ocupacional de valor, e também usando as tecnologias que a gente tem disponível para poder facilitar todo esse processo. O terceiro ponto que a gente tem dentro da gestão da APMT como objetivo, é a integração. A Associação está muito centrada na capital, os médicos do interior precisam da Associação, principalmente para se desenvolver, para melhorar sua formação médica, porque assim a gente sabe que vai fazer o nosso verdadeiro papel. Levar a APMT para as cidades do interior, que a gente chama de regionais, e fortalecer esse time de médicos é nosso terceiro grande objetivo.
Você tem uma experiência já de alguns anos como gestor de Saúde Ocupacional em empresas. Quais foram os maiores desafios com que você se deparou na sua trajetória?
Um dos maiores desafios na gestão de Saúde Ocupacional é conseguir transitar por todos os níveis da empresa, construindo confiança e conectando pessoas para que seja possível gerar valor real dentro das organizações. Esse papel envolve tanto o médico do Trabalho, que deve estar próximo dos trabalhadores, quanto as lideranças, promovendo entendimento mútuo e transformando o ambiente de trabalho. Quando trazemos mais saúde, mais segurança, temos mais produtividade, temos uma imagem melhor das empresas, uma retenção melhor das pessoas. O desafio é conseguir aproximar a liderança, conseguir escutar os trabalhadores e fazer essa ponte. As experiências que mais me marcaram positivamente foi quando consegui atingir esses objetivos e negativamente quando não consegui atingir esses objetivos. São objetivos onde todo mundo ganha, é um ganha ganha. Quando volto ao passado, o que me vem à cabeça, principalmente, é justamente isso: uma satisfação muito grande quando a gente faz alguma coisa que ajuda positivamente as pessoas, seja do chão de fábrica ou liderança. E as piores são aquelas em que a gente não conseguiu fazer essa transformação, em que não conseguimos construir convencimento e criar confiança suficiente para poder obter esses resultados.
Você gostaria de deixar uma mensagem final aos leitores?
Pensando sobre esta conversa que tivemos, acho que talvez ela é menos para o médico do Trabalho, e seja mais para as empresas e para os serviços de saúde e segurança, para a área de recursos humanos, para que sirva de impulso, inclusive, para que haja um olhar diferenciado em relação ao médico do Trabalho. É perceber que eu tenho que exigir esse processo para que eu possa ter o melhor na empresa. E aí o médico não vai trabalhar sozinho, ou seja, vou conseguir buscar o melhor médico, vou poder dar a melhor remuneração, vou entregar o melhor resultado. Se a empresa continuar olhando apenas para a compra do serviço mais barato em Medicina do Trabalho, certamente ela está comprando papel, está comprando ASO. Se ela olhar para a importância da integração desse médico com o trabalho, e não vou dizer somente o médico do Trabalho, mas toda essa equipe de saúde que está ali no SESMT, que tem um potencial gigantesco de entrega, de valor, todo mundo ganha. Claro que às vezes vão ter pessoas, obstáculos, como todo local, para que a gente faça essa transformação. Mas a gente precisa romper essas barreiras para conseguir vencer esses desafios. Nas empresas onde a gente tem SESMTs mais estabelecidos, esse processo acaba sendo um pouco mais fácil de avançar. Mas vejo também muitas empresas, infelizmente, e para o prejuízo delas, que voltam dezenas de anos para trás, quando, por uma questão de momento, acabam desmantelando o próprio serviço de Medicina do Trabalho. Ou fazendo o processo de terceirização com os serviços externos, perdendo justamente o valor do papel do médico do Trabalho dentro da empresa e o processo tanto operacional, tático e de gestão, que a empresa acaba terceirizando. Não vejo nenhuma empresa terceirizando o diretor de RH, o diretor de produção… Por quê? Não só porque é uma área core, mas porque a gente precisa deles conectados à estratégia da empresa. Para fazer o melhor preciso ter as pessoas, não só mais qualificadas e com dedicação para isso, em tempo integral, mas também preciso alguém que consiga transitar dentro da hierarquia e que possa construir essa confiança. Aí sim, acho que a gente entrega o melhor serviço.
Ref.: Revista Proteção, Saúde e Segurança do Trabalho (Digital): Como agregar mais qualidade à Medicina do Trabalho Ed. 407, p. 12, novembro/2025.